domingo, 22 de fevereiro de 2009

Palhaço

Palhaço que és trapalhão
Que cais de rabo no chão
Que fazes rir até mais não.
E sempre a sorrir dás a mão.

Palhaço que és trapalhão,
Que pões o dedo na boca,
Vais buscar um balão
E do nariz fazes um narigão.

Palhaço que és trapalhão
Também gostaria de ser palhaço
Para ter graça e sucesso
Ao fazer as piadas
Ouvindo música dos Excesso.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Os teus olhos não me vêem


Vejo-te assim
A olhar para mim.
Nem sequer me vês...

Passas adiante,
De passo apressado,
Passas mesmo ao meu lado,
Mas ao mesmo tempo tão distante...

Fazes-me sofrer
Com esse teu ar de desdém.
Teus olhos olham para mim,
Mas não me vêem.

Os teus olhos não me vêem.
O teu coração está fechado,
completamente cedado
à minha presença.
Deve ser por isso,
Que quando olhas para mim,
Olhas-me com indiferença.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Natal


No Natal brilham as estrelinhas,
E debaixo do pinheiro,
Põe-se as prendinhas.
Há milhões de famílias felizes,
Em todos os países.

Nessa noite fazem-se belos serões,
Com famílias reunidas,
Cantando belas canções.

Nesta noite de Natal,
Em que tudo é especial,
Quero desejar a todos
Um Feliz Natal!

Poema escrito por mim aos 10 anos.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Restrições

Corre o ar.
Passa - me ao lado, não o respiro.
Levanto - me cedo para contemplar a aurora,
Mas o sol simplesmente não quer nascer nesse dia.
Já noite, venero a Lua,
Mas esta depressa se cobre de nuvens.
Procuro oásis, encontro desertos.
Secos, sufocantes, suplicantes...
Que me secam as veias e apoderam - se de tudo o que há em mim.
Procuro a chuva que me limpa e purifica
Mas nem a água é capaz de me libertar
deste quarto sem janelas
deste túnel encurralado
deste labirinto
deste deserto repleto de dunas.
Quem poderá ser a minha janela,
a minha luz no fundo do túnel,
a minha saída deste labirinto
ou o meu oásis?

Há alguém que me consiga ajudar?

sábado, 6 de dezembro de 2008

O Dragão


O dragão cospe fogo,
É muito brincalhão.

Eu prestava atenção,
Ria-me até mais não,
Porque era um prazer,vê-lo subir e descer.

Muita folia,
Fazia no ar,
Era uma grande alegria,
Se todo o dia,
Pudesse cantar.

As pessoas estavam agitadas,
Havia tanta confusão,
Credo! Que assustadas,
Com a magia do dragão!

À noite sobre os rochedos,
Cuspia chamas na escuridão,
Os meninos queriam ser faroleiros,
Para fazer companhia ao dragão.

P.S. Tinha 10 anitos quando escrevi este poema...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Perfeita imperfeição de mistura unificada...


Estás ai?
Estou... claro que estou. Só que quando começo a ler algo é como se não tivesse com a alma no corpo, mas sim no que estou a ler.
Ela, simplesmente, esvazia-se nas palavras que em olhos meus passam a ser lidas, é como se nem de bússola precisasse mais para se guiar, como as palavras, aquelas palavras que são escritas também com alma, encontrassem agora o rumo certo, é como se essas palavras fossem as baias direccionais de corrumes incógnitos causados pelo tempo que outrora nem destino possuía.
Palavras que bailam em desassossego de um sossego completamente quase mutilado de perfeita imperfeição, numa mistura de sentimentos oposto que designam o que os une, o que os unifica num só gesto, numa só frase, num só momento, numa só tempo!
Como se o amanhã quase acabasse por chegar do ontem que agora é hoje e esse mesmo hoje que já não é mais um presente, mas sim um passado quase futuro.
Aquele tempo que é uma perfeita imperfeição de misturas contrarias ao que sonham ser sendo-o.
Aquela mistura de palavras que soam com as notas que acabam de acabar por soar nesse mesmo tempo, nesse mesmo momento, nessa mesma frase, nesse mesmo gesto…
Que se esgotem como o ar que enche e esvazia os pulmões mas que não tarda por repetir o mesmo percurso quase como uma rota, uma perfeita rotina que já de ser sempre a mesma fazemo-lo inconscientemente conscientes de que é isso que precisamos de continuar a fazer, mesmo que seja conscientemente inconscientes, e é isso que ninguém nos ensina a fazer porque nascemos a saber fazê-lo, tal como ver, sentir… Quantas são as coisas que ninguém nos ensina, mas que nascemos já sabendo-as, que viram rotina e acabamos por não as sentir mesmo sentindo-as, mesmo fazendo-as, mesmo, assim… vivendo-as e quase reaprendendo-as sendo ensinados por este Ninguém que chamamos: Vida (?)
Escrito ao som de: Explosions in the sky - Memorial [ http://www.youtube.com/watch?v=mJapaqTRXb8&feature=related ]

Fim do Verão


Quando acaba o Verão, as pessoas ficam mais deprimidas porque começam a pensar no trabalho e recordam as férias com nostalgia.
Mas para mim, é-me indeferente. As minhas férias são sempre iguais, sempre nos mesmos sítios e com as mesmas pessoas. Não me divirto muito nas férias. Talvez seja pela maneira como vejo a vida. Não sou optimista e isso influencia de certa forma negativamente a minha vida.
Para mim, as férias não me dizem nada, porque faço praticamente as mesmas coisas que eu faço quando não estou; mas em maior quantidade, claro! E o que muda são os sítios (que são sempre os mesmos todos os anos) e estar rodeada de mais uma dezena de pessoas da minha família.
Até que tenho uma melhor vida quando estou em minha casa do que na casa dos meus avós, pois lá durmo em sofás e fico rodeada de tectos cravejados de mosquitos e aranhas.
Eu, pessoalmente, gosto mais do Outono porque as temperaturas são mais amenas e gosto de ver as árvores com as folhas acastanhadas e também adoro aqueles dias de chuva miúda e com um pouco de ventania.
Gosto de sentir a chuva e o vento a baterem-me na cara quando vou a caminho da escola. Gosto de olhar para o céu escuro e ver as pessoas agasalhadas a maldizer a chuva.
Fico sensivelmente mais feliz, quando chega a casa, me aconchego no sofá e vejo televisão, enquanto ouço a chuva a cair.
O Outono é lindo! Mais lindo que o Verão, que acabo por não aproveitar...